Muito será pedido àquele a quem muito se ofereceu.

Um sábado destes, em nosso estudo, falávamos sobre o que é o Espiritismo para cada um de nós... lembro-me de haver comentado que além de todos os aspectos citados por cada um, o espiritismo é, mais que tudo, um caminho e uma orientação que temos pela certeza que por aqui já passamos, e que para cá ainda voltaremos tantas vezes quantas forem necessárias.
Contudo, é necessário atentarmo-nos para o compromisso que temos ao receber tantos esclarecimentos e orientações a respeito da vida espiritual, bem como do evangelho de Jesus, que à luz do espiritismo se mostra mais claro.
Nossas atitudes tem maior peso ao tomarmos conhecimento da realidade da lei de causa e efeito, pois sabemos que haveremos de resgatar os males por nós provocados. Nossas ações e pensamentos não mais vagueiam sem rumo, ao contrário, temos conhecimento que nosso pensamento é direcionado e tem alvo certo, portanto, não nos é permitido pensar o mal sem que nos seja atribuído o peso da culpa... não somos mais "inocentes".

Lendo um trecho do livro "Rindo e Refletindo com Chico Xavier", presente que ganhei recentemente, encontrei o seguinte:

"...Temos nas obras doutrinárias um bê-á-bá da vida espiritual. No entanto, é bom lembrar uma observação de jesus (Lucas, 12-48):
Muito será pedido àquele a quem muito se ofereceu."

Conhecimento é sinônimo de responsabilidade. E mais: O conhecimento da verdade implica em compromisso com ela.
E qual seria o nosso grande compromisso, diante dessa maravilhosa visão das realidades espirituais que a Doutrina Espírita nos oferece?

Kardec responde:
Reconhece-se o verdadeiro espírita por sua transformação moral e pelos esforços que realize em favor de sua renovação. ..."

Vejam que Kardec cita a transformação moral e "os esforços" que o espírita realize em seu aperfeiçoamento.
Estamos aqui em aprendizado, mas não nos é permitido apenas passa pela vida. Devemos nos esforçar em melhorar e isso nos será motivo de júbilo ao regressarmos à pátria espiritual.
Aquele que julga estar em "férias" pela Terra, certamente será surpreendido pela constatação da chance perdida.
O espírita, conhecedor das verdades além túmulo e dos preceitos da doutrina, este sim, terá mais que uma surpresa.
Certamente sentir-se-á entristecido e quem sabe, até derrotado, por não haver aproveitado tão bela oportunidade de congregação e reconciliação com aqueles com quem conviveu no plano terrestre.

Tenhamos atenção ao que nos oferece a Doutrina Espírita, e busquemos a prática do bem e dos ensinamentos morais do Evangelho do Cristo, a fim de aproveitarmos a chance de renovação interior e elevação espiritual.

Boa semana.